Redação AECweb / Texto: Juliana Nakamura
Uma das tarefas mais importantes para garantir o funcionamento de uma indústria sem intercorrências é a elaboração de um plano eficaz de gerenciamento de peças de manutenção. Incorporado à rotina da fábrica, esse planejamento deve garantir que as equipes tenham à sua disposição peças sobressalentes suficientes para realizar as tarefas de manutenção preventiva e corretiva de forma rápida e assertiva.
Falhas no gerenciamento do estoque de peças e insumos implicam em uma série de perdas à indústria. Elas podem, inclusive, comprometer os prazos de entrega dos produtos acabados, especialmente nas empresas com produção em massa e contínua, gerando desgastes com os clientes.
“Sempre que uma máquina quebra e não há peça de reposição no estoque, o prejuízo é enorme. Afinal, isso pode significar a paralisação do equipamento pelo tempo necessário para compra e entrega do componente, gerando perda de produtividade, frustrações das equipes, entre outros transtornos”, comenta Márcio Gonçalves, gerente de contas do SIM+, plataforma inteligente para gestão de manutenção industrial da Construmarket.. Segundo ele, embora se saiba que o estoque de sobressalentes proporciona segurança às operações, muitos gestores preferem evitar manter capital imobilizado, protelando a compra de peças de reposição, principalmente as de custo elevado.
“O desafio é encontrar o equilíbrio”, diz Gonçalves, lembrando que o excesso de estoques pode levar a indústria a um investimento maior que o necessário e ocupar um volume desnecessário para armazenamento. Por outro lado, falhas no abastecimento dos estoques de peças elevam o risco de exposição a problemas, principalmente a parada da produção.
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BOAS PRÁTICAS NA GESTÃO DE ESTOQUES PARA MANUTENÇÃO
As peças de reposição utilizadas na manutenção de equipamentos industriais podem ser divididas em duas categorias principais. A primeira é a de itens reparáveis, que consistem nas peças de reposição que são técnica e economicamente recuperáveis. Nesses casos, quando ocorre uma falha, a peça antiga é substituída por uma nova e em seguida enviada para um centro de reparo, retornando posteriormente para o estoque. Há, também, os itens consumíveis, que englobam as peças que não são recuperáveis e que, na maior parte das vezes, têm custo mais baixo.
“A comparação que precisa ser feita é entre o custo de manter a peça sobressalente no estoque e o custo de deixar o equipamento parado”, afirma Márcio Gonçalves. Segundo ele, é igualmente importante haver um plano de manutenção detalhado, que considere a criticidade de cada equipamento e de cada peça/componente para o sucesso do negócio.
Durante esse processo de planejamento é importante que algumas perguntas sejam respondidas, como:
• Quais itens precisam ser mantidos em estoque?
• Quando o estoque deve ser reabastecido?
• Qual a criticidade dos itens existentes no estoque?
De modo geral, indústrias que trabalham a manutenção de forma preventiva e preditiva tendem a ter um planejamento de estoque mais consistente. “Isso porque essas empresas têm um gerenciamento de manutenção mais integrado à produção no chão de fábrica”, explica Eduardo Linzmayer, professor no Instituto Mauá de Tecnologia. Além disso, as intervenções corretivas, aquelas que acontecem depois que os equipamentos falham, são vilãs importantes do planejamento, dado que consomem materiais e peças sem programação e exigem compras emergenciais.
APOIO DA TECNOLOGIA
Realizar o gerenciamento de peças sobressalentes não é uma tarefa fácil, ainda mais considerando que algumas fábricas podem precisar gerir centenas de componentes de reposição com diferentes graus de complexidade. Mas a missão torna-se mais simples com o apoio de ferramentas de gestão.
Muitas vezes, pequenas indústrias conseguem acompanhar o estoque manualmente com planilhas de Excel. Já as empresas de médio e grande porte precisam do suporte de softwares especialistas, que podem colaborar bastante quando integrados via webservice com o ERP da empresa.
Os softwares especialistas também agregam valor graças a funcionalidades para controle de entrada e saída de materiais, algo fundamental para garantir a programação das atividades de manutenção. Com essas ferramentas de TI (tecnologia da informação), o gestor pode não apenas saber o que tem e o que não tem no estoque, como é capaz de distinguir as peças mais críticas, responsáveis pela paralisação do equipamento em caso de falha.
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COLABORAÇÃO TÉCNICA
Márcio Gonçalves — gerente de contas do SIM+, plataforma inteligente para gestão de manutenção industrial da Construmarket.
Eduardo Linzmayer — Engenheiro de produção formado pela Escola Politécnica da USP, pós-graduado em administração de empresas pela FEA-USP e mestre em energia e meio ambiente pelo Instituto Mauá de Tecnologia