A área de manutenção é uma das mais importantes dentro das indústrias. Quando ineficiente e mal gerida, pode prejudicar ou até mesmo paralisar completamente a linha de produção, provocando prejuízos imensuráveis às empresas.
Confira as 12 ferramentas de manutenção industrial:
1) Indicadores de manutenção
Também conhecidos como KPIs (Key Performance Indicator ou, em português, Indicador de Chave de Desempenho), os indicadores de manutenção são ferramentas imprescindíveis para medir a eficácia de uma ação ou de um conjunto de ações adotado pelas empresas.
Na manutenção industrial, a quantidade de KPIs que podem auxiliar os gestores na hora da tomada de decisões é imensa. Porém, é recomendado sempre começar a usar indicadores mais generalistas e, quando necessário, estratificá-los.
Entre os indicadores de performance mais conhecidos estão a disponibilidade, o tempo de falhas, o MTBF (Mean Time Between Failure ou, em português, tempo médio entre falhas) e o MTTR (Mean Time To Repair ou, em português, tempo médio para reparo).
2) MCC
A manutenção centrada na confiabilidade (MCC) ou Reliability Centered Maintenance (RCM) é uma técnica de manutenção que pode ser utilizada para otimizar o programa de manutenção das organizações.
Com ela, é possível implantar uma estratégia de manutenção específica para cada ativo da empresa, o que a torna um dos modelos mais eficientes de gerenciamento de equipamentos e instalações.
Ao aplicá-la, essa análise deve responder quais são as funções dos equipamentos, se falhas podem ocorrer, quais as consequências prováveis e o que pode ser feito para reduzir a probabilidade das suas ocorrências, além de identificar suas causas e como reduzir seus efeitos.
3) TPM
Desenvolvido no Japão em 1971, o método TPM (Total Productive Maintenance ou, em português, Manutenção Produtiva Total) contribui na modificação progressiva das técnicas de manutenção para aumentar a produção dos equipamentos.
Com essa ferramenta de gestão de manutenção, é possível evitar desligamentos não planejados e perdas de tempo toda vez que um técnico liga uma máquina ou quando os equipamentos são ineficientes.
É bastante efetiva para correções ou prevenções de falhas nos ativos, além de eliminar desperdícios envolvidos nos processos produtivos.
4) 5W2H
Essa ferramenta ajuda o gestor de manutenção industrial a simplificar o planejamento das atividades da área de forma intuitiva e bastante eficaz.
Como o próprio nome do método indica, todos os processos devem ser analisados pela ótica das respostas às sete perguntas fundamentais para a gestão de ativos. São elas:
5W
What (O quê?);
When (Quando?);
Who (Quem?);
Where (Onde?);
Why (Por quê?).
2H
How (Como?);
How Much (Quanto?).
Ao responder essas questões, é possível evitar soluções presumidas, considerar o problema a partir de vários ângulos e ter uma visão muito mais detalhada dele.
5) MTBF e MTTR
Como já citado, o MTBF e o MTTR são dois dos indicadores mais importantes para a gestão de ativos.
O MTBF é a média aritmética dos tempos entre uma falha e outra de um mesmo equipamento, em um lote de equipamentos de uma mesma família, instalação ou sistema para um período de tempo definido. É aplicado somente a itens reparáveis.
Já o MTTR é a média aritmética dos tempos de reparo de um equipamento, em um lote de equipamentos de uma mesma família, instalação ou sistema para um período de tempo definido.
Com esses dados em mãos, o gestor de manutenção consegue mensurar as ações que estão sendo tomadas e pensar nas melhores estratégias a serem adotadas no procedimento de correção de falhas.
6) Ciclo PDCA
O nome dessa ferramenta vem do inglês “Plan-Do-Check-Act” e tem como objetivo melhorar a antecipação e o gerenciamento dos projetos, auxiliando os gestores a organizar ideias e a dividir o trabalho em etapas, garantindo que tudo saia como o planejado.
Mas como aplicar essa técnica?
É muito simples. Basta seguir exatamente o que sugere cada passo:
P (Plan) – planejar o que deve ser feito;
D (Do) – fazer o que foi planejado;
C (Check) – verificar se o trabalho realizado corresponde ao que foi planejado;
A (Act) – reagir de acordo com a avaliação do trabalho realizado.
7) CMF
O Custo de Manutenção sobre Faturamento, também conhecido como CMF, é um dos indicadores usados pelos gestores de manutenção industrial para aferir o desempenho das estratégias de manutenção dentro das empresas.
Através dos dados levantados, é possível verificar se a área de manutenção está fazendo ou não uma boa gestão dos recursos nela aplicada.
Este indicador está ligado diretamente aos custos financeiros e, se bem trabalhado, pode impactar positivamente os resultados da empresa.
8) Planilha de ordem de serviços e relatórios de controle de chamados
A planilha de ordem de serviço e os relatórios de controle de chamados são ótimas ferramentas para auxiliar na gestão, organização, padronização e distribuição de chamados solicitados pelos clientes. Com essa ferramenta, os processos ficam muito mais transparentes e a comunicação entre os colaboradores, muito mais clara.
Baixe aqui o modelo de planilha oferecido pela Construmarket.
9) Registro de manutenção
O registro de manutenção é uma ferramenta muito importante para a gestão dos ativos na planta industrial.
Basicamente, ele serve para documentar os serviços realizados em determinadas peças ou equipamentos, auxiliando as empresas a aferir e controlar despesas de reparação na manutenção corretiva e nos planos de manutenção preventiva.
Com ele, as empresas também podem se proteger juridicamente em casos de processos por problemas ou defeitos em peças.
Para fazer um plano de registro de manutenção, é preciso inventariar todos os equipamentos. Com o inventário concluído, basta atualizar periodicamente todos os serviços realizados nas peças ou nos equipamentos.
10) Ordem de serviço
Também conhecida como OS, a ordem de serviço é uma ferramenta usada para controlar tarefas a serem realizadas, permitindo que as empresas organizem suas demandas, criem fluxos de trabalho, guiem os profissionais das equipes responsáveis pela gestão e pela operação e documentem todos os processos.
Com o uso dos softwares de gestão, como o Sim+, da Construmarket, é possível elevar a eficiência e o controle das OSs, que podem ser totalmente digitalizadas. Isso aumenta a visibilidade do andamento do trabalho e da performance e também a rastreabilidade do serviço, controlando horários, intervenções e SLA (Service Level Agreement).
“Com as OSs digitalizadas, os técnicos podem apontar informações relacionadas a mão de obra, despesas, colher evidências fotográficas e fazer a medição de satisfação do usuário”, explica Márcio Gonçalves, gerente de contas da Construmarket.
11) Cronograma ou agenda de manutenção
Essa ferramenta funciona como uma espécie de planejamento, no qual constarão todas as informações necessárias para a realização dos reparos que devem ser feitos para que o funcionamento da cadeia produtiva aconteça de modo pleno e sem paradas indesejadas.
Cada cronograma varia de acordo com o tipo da operação e dos processos de cada empresa, mas, em geral, esse tipo de documento deve trazer a descrição de cada atividade, a definição do responsável pela execução, a previsão do tempo disponível e necessário para realização da tarefa, o tipo de manutenção e o nível de criticidade dos equipamentos.
Também devem constar dele o status de realização (se planejado, em realização ou pronto) e a identificação das atividades e definição dos horários, para que não haja interferências nas ações.
O cronograma deve conter uma coluna para indicar o tipo de material e de intervenções necessárias, além de incluir um checklist final para garantir que todas as atividades tenham sido cumpridas.
12) Plataforma para gestão da manutenção industrial
Os softwares de gestão de manutenção industrial são sistemas que ajudam os profissionais da área a planejar, controlar e organizar de maneira mais aprimorada e eficiente as manutenções nos ativos das empresas.
A plataforma Sim+, por exemplo, é uma das ferramentas de manutenção que embarca as funcionalidades mais efetivas de atendimento e de execução da rotina de manutenção industrial, contendo as melhores práticas de mercado.
Também ajuda na elaboração de um plano de manutenção industrial através do armazenamento de dados das atividades executadas, proporcionando mobilidade ao usuário, que pode ter as ordens de serviço sempre à mão, através de celulares e tablets.
“O Sim+ é bastante versátil e fácil de usar e oferece grande nível de detalhes e de dados. Com isso, os gestores de manutenção industrial conseguem obter informações imprescindíveis para a tomada de decisões”, pontua Gonçalves.
Saiba mais sobre o Sim+ e agende uma demonstração gratuita!
Conclusão
Quando aplicadas corretamente, as ferramentas de manutenção podem contribuir consideravelmente para aumentar a eficiência e a competitividade das empresas.
Além de controlar custos e organizar o fluxo de trabalhos, elas garantem que as manutenções sejam feitas de forma correta e auxiliam as equipes a realizá-las.
O uso de softwares de gestão industrial, como o Sim+, da Construmarket, também é uma excelente estratégia para melhorar a gestão dos ativos e explorar as ferramentas de manutenção.
TEXTO: Gisele Cichinelli
Leia também:
10 habilidades que todo gestor de manutenção industrial precisa ter
COLABORAÇÃO TÉCNICA
Márcio Gonçalves – gerente de contas da Construmarket