O que é CMF – Custo de Manutenção sobre Faturamento?

O Custo de Manutenção sobre Faturamento, também conhecido como CMF, é um dos melhores indicadores para aferir o desempenho das estratégias de manutenção dentro das empresas.

Através dos dados levantados, é possível verificar se a área de manutenção está fazendo uma boa gestão ou não dos recursos nela aplicada.

“Este indicador está ligado diretamente aos custos financeiros e, se bem trabalhado, pode impactar muito positivamente os resultados da empresa”, ressalta Beatriz Jaccoud Lima, analista de facilities do Grupo Konecta.

Como calcular o CMF?

Para fazer o cálculo do CMF, basta utilizar a seguinte fórmula:

Veja o exemplo do cálculo do CMF de uma usina hidrelétrica:

Mas, o que fazer com esse número?

Com o número obtido em mãos, o próximo passo é entender se ele é bom ou ruim.

Segundo Ricardo Barros, gerente de Facilities do Grupo Konecta, o mais indicado é comparar o número obtido com a média do segmento em que cada empresa atua.  

Para ajudar a fazer esse comparativo, é possível usar os dados da Abraman (Associação Brasileira de Manutenção e Gestão de Ativos).

De acordo com dados levantados por essa associação, aproximadamente 5% do faturamento bruto da indústria é gasto com manutenção.

“Como referência, 5% é um número generalista para os custos de manutenção sobre faturamento. Fazendo uma análise direta ao nosso exemplo da usina hidrelétrica, o CMF obtido está aderente ao custo médio nacional”, observa o gerente, ressaltando que o ideal é utilizar como parâmetros os estudos específicos de cada setor.

Leia também: O que é SLA – Service Level Agreement? 

Por que é importante calcular o CMF?

Esse cálculo é uma ferramenta poderosa, já que transforma todo o processo de manutenção em um único indicador financeiro.

“Isso facilita a análise da diretoria utilizando uma linguagem universal, que é a do dinheiro”, completa Barros.

Com esse dado em mãos, é possível traçar estratégias para melhorar o indicador, como, por exemplo, apostar em novos investimentos para futuramente reduzir esse percentual.

Também permite observar se a empresa está ou não em um grau de manutenção equilibrado para seu tipo de setor ou de negócio.

O que o CMF engloba?

O Custo de Manutenção sobre Faturamento engloba os seguintes itens:

Custos diretos: envolvem mão de obra, ferramentas, peças de reposição, insumos e serviços;

Custos indiretos: oriundos da depreciação de equipamentos e do lucro cessante (prejuízo causado pela interrupção de uma atividade);

Custos induzidos: relacionados a impactos nos processos produtivos ou no caixa da empresa e gerados por uma falha no setor de manutenção.

Detalhando um pouco mais esses custos, é possível levantar informações sobre:

– Pessoal (horas extras, salários, benefícios, treinamentos, certificações);

– Materiais (insumos de manutenção, peças ou componente);

– Contratação de serviços externos (laudos de análise termográfica, análises de vibração, qualidade de energia, ruído, potabilidade de água, entre outros);

– Logística (transportes entre unidades e setores);

– Depreciação (fim da vida útil dos equipamentos e necessidade de reinvestimento);

– Perda de faturamento (falhas no processo de produção e de logística).

“Toda essa visão permite uma análise mais clara de onde se originam os custos e se é necessário efetuar um trabalho direto naqueles mais expressivos e com maior impacto operacional”, explica Jaccoud Lima.  

Como o CMF impacta no preço final do produto?

O objetivo da gestão de manutenção é sempre buscar metodologias para o melhorar a vida útil do ativo, reduzir quebras, paradas e intervenções corretivas.

Por isso, o custo envolvido nessa área tem impacto direto no preço final do produto.

“Com as estratégias corretas, é possível tornar o produto final mais competitivo. Pode-se optar por melhorar a lucratividade da empresa ou oferecer um produto com preço menor e com a mesma qualidade”, explica Jaccoud Lima.

Por outro lado, quando fora do resultado ideal, o CMF pode impactar negativamente na precificação do produto final.

Se a empresa gasta muito com manutenção, o preço do produto poderá ser maior e haverá perda de competitividade frente aos seus concorrentes. 

Como o Sim+ ajuda no levantamento de dados para o cálculo do CMF?

De acordo com Felipe Fernandez, consultor de implantação da plataforma Sim+, a ferramenta apresenta apontamentos dentro da ordem de serviço que podem gerar os valores de cada item, tais como mão de obra, material e despesa, para citar alguns exemplos.   

“Basta olhar o cadastro do Sim+ chamado categoria. No caso do item ‘mão de obra’, por exemplo, esse cadastro serve para criar as categorias profissionais e permite colocar o custo de hora-homem e o custo de hora extra. Com base nesses dois valores, é possível gerar o custo de mão de obra de uma determinada ordem de serviço”, explica.

A mesma lógica vale para o item “material”: uma vez que seja indicado para uso, será utilizado o seu custo para ser calculado dentro da ordem de serviço.

Já o item “despesa” é um valor atribuído nos atendimentos de forma individualizada. “Cada cliente pode colocar qualquer despesa relacionada a uma ordem de serviço”, explica o consultor.

Fora os apontamentos citados acima, ainda é possível utilizar o módulo de “estoque do Sim+” com auxiliar no cálculo do CMF.

 Nele, é possível controlar todo o fluxo de entrada e de saída de materiais, associando suas compras e retiradas a “contas contábeis”, “centros de custo” e “ordens de serviço”.

Leia também: Por que investir em uma plataforma de gestão de manutenção?

De que forma o Sim+ pode ajudar a economizar nos aspectos que englobam o CMF?

Com base nos valores obtidos através dos apontamentos e das movimentações do estoque, o planejador poderá identificar onde seus recursos estão sendo aplicados.

Com o uso do Sim+, a coleta e a avaliação de dados se tornam mais ágeis e rápidas, bastando ao cliente organizar as datas para consultar o que deseja.   

Desse modo, a ferramenta pode ser um diferencial importante na hora da tomada de decisões estratégicas que impactam nos custos de manutenção de uma empresa.

“Os softwares de gestão de manutenção têm revolucionado o dia a dia da manutenção. Essas ferramentas digitais oferecem análises mais detalhadas, automação das atividades, ganho de produtividade e dashboards que entregam insights interessantes e muito ricos de informação. Com isso, é possível melhorar a confiabilidade, a disponibilidade, o planejamento de atividades e de alocação de mão de obra e os controles de estoque e do financeiro da área de manutenção, melhorando, assim, o CFM”, esclarece Jaccoud Lima.

Conclusão

O custo de manutenção de faturamento, também conhecido como CMF, é um indicador extremamente importante para medir a eficiência das estratégias adotadas pelas áreas de manutenção das empresas. Com um bom software em mãos, como o Sim+, é possível aferi-los com bastante precisão e, consequentemente, tomar as melhores decisões possíveis para potencializar a gestão dessas áreas.


COLABORAÇÃO TÉCNICA

Beatriz Jaccoud Lima – analista de Facilities do Grupo Konecta

Ricardo Barros – gerente de Facilities do Grupo Konecta

Felipe Fernandez – consultor de implantação da plataforma Sim+  


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