Sabe aquela máxima “quem não mede não gerencia”? Essa deve ser uma premissa irrefutável para os gestores de manutenção industrial.
No dia a dia desses profissionais, os dados coletados e tratados devem ser sempre confrontados com métricas devidamente definidas.
Só assim será possível entender os resultados das ações tomadas, orientar procedimentos para aumentar a eficiência dos trabalhos e garantir a confiabilidade, a disponibilidade e a segurança operacional.
“Essa é a maneira mais organizada e eficiente para acompanhar a evolução da qualidade dos serviços de manutenção realizados. Tudo isso se traduz em produtos que atendem às características definidas e têm menores custos de produção e de perdas de insumos”, observa Marcos Maran, diretor-presidente da Maran Gestão de Ativos Físicos e membro do Conselho de Administração da ABRAFAC (Associação Brasileira de Facility Management, Property e Workplace).
Entenda, de uma forma geral, quais são os indicadores de manutenção industrial e como eles funcionam.
Como o próprio nome já diz, os chamados KPIs (Key Performance Indicator ou, em português, Indicador de Chave de Desempenho) são os indicadores de performance usados nos processos de uma empresa.
A quantidade de KPIs que podem ser definidos e levantados é imensa. Mas o ideal é que, pelo menos incialmente, esses indicadores sejam generalistas. De acordo com necessidade, eles poderão ser estratificados.
Um exemplo disso são os indicadores de custo total de manutenção, que podem ser desdobrados em custo de manutenção preventiva, corretiva e preditiva, por exemplo.
“Para quem não tem prática de trabalhar com eles, o ideal é sempre começar com poucos”, explica Maran.
Veja alguns dos indicadores de manutenção industrial que mais se destacam no segmento de manutenção:
É a capacidade de um equipamento para desenvolver sua função em determinado momento ou durante um determinado período de tempo nas condições de desempenho requeridas. A disponibilidade de um item não significa necessariamente que ele esteja funcionando, mas que ele se encontra em condições de funcionar;
O MTBF é a média aritmética dos tempos entre uma falha e outra de um mesmo equipamento, em um lote de equipamentos de uma mesma família, instalação ou sistema para um período de tempo definido. É aplicado somente a itens reparáveis;
O MTTR é média aritmética dos tempos de reparo de um equipamento, em um lote de equipamentos de uma mesma família, instalação ou sistema para um período de tempo definido;
É a quantidade de avarias de um equipamento, de um lote (mesma família) ou de um sistema por unidade de tempo. É o inverso do MTBF;
É a relação entre o total de mão de obra empregada na execução dos trabalhos e o total de mão de obra disponível;
É a relação entre a mão de obra utilizada para manutenção (preventiva e corretiva) e o total de mão de obra disponível num determinado período de tempo;
É a relação entre a mão de obra utilizada para manutenção preventiva e o total de mão de obra disponível num determinado período de tempo.
É a relação entre os homens-hora que passaram por treinamento e os homens-hora disponíveis.
É o tempo que a equipe deverá trabalhar para executar os serviços pendentes em carteira, supondo que não cheguem novas solicitações durante a execução das pendências. A unidade de medida pode ser o dia (preferencial) ou a semana.
É a relação entre o custo total de manutenção acumulado de um equipamento específico e o valor de aquisição de um equipamento novo (valor de reposição).
É a relação entre o custo total de manutenção e a produção no período definido.
É a relação entre o custo total de manutenção e o faturamento da empresa em um período definido.
Ter um objetivo de qualidade referencial a atingir e a perseguir é essencial para que o gestor de manutenção possa definir os indicadores de performance a serem usados.
Para determinar os melhores KPIs, um dos métodos mais usados é o SMART. Com esse método aplicado, é possível verificar se o indicador é:
A definição do indicador deve ser clara e simples para todos os envolvidos. Exemplo: determinar a quantidade de manutenções corretivas num determinado período.
A forma de levantamento do indicador deve ser explícita. Exemplo: a quantidade de manutenções corretivas será obtida dos relatórios da área de PCM (Planejamento e Controle da Manutenção). A forma de cálculo também deve ser estipulada e padronizada.
Só devem ser definidos objetivos possíveis de serem alcançados. Nessa hora é importante ter o pé no chão. Se as manutenções corretivas serão obtidas dos relatórios da área de PCM, esse setor deverá ter em mãos todos os recursos necessários para realizar essa tarefa.
Só devem ser definidos indicadores que levam a diferenciais importantes. Aqui, é possível separá-los em dois grupos:
1 – Indicadores que são importantes para a corporação empresarial e que traduzem os efeitos da qualidade dos serviços de manutenção nos seus resultados, como, por exemplo, a disponibilidade das linhas de produção e o custo de manutenção por unidade produzida;
2 – Indicadores importantes para a gestão interna da área de manutenção. São aqueles que, quando bem administrados, levam aos desempenhos desejados dos primeiros.
Deve-se determinar uma periodicidade para levantamento, análise e divulgação dos indicadores de manutenção industrial. Isso deve ser feito de modo sistemático e sempre com as mesmas periodicidades através de relatórios mensais ou bimensais, por exemplo.
As métricas e indicadores de TI são indispensáveis para as empresas que pretendem enxugar custos e atingir suas metas.
“Com as ferramentas digitais, é possível ter um panorama fiel da produtividade do setor de manutenção, saber quais são os pontos fortes e fracos do departamento, facilitar as decisões e ainda permitir que haja um melhor direcionamento dos recursos a essa área”, diz Maurício Figueiredo Salerno, coordenador de manutenção e serviços da Araujo Abreu.
Para que todos esses indicadores de manutenção industrial funcionem corretamente, é muito importante que seja feito um cadastro preciso, contendo informações como:
– Equipamentos e seus diferentes tipos e quantidades;
– Área de instalação e áreas atendidas;
– Quantidade de funcionários por especialidade e turnos de trabalho;
– Cálculo de capacidade produtiva (para que se possa fazer as comparações de produtividade);
– Classificação de criticidade dos equipamentos.
De acordo com Salerno, a confiabilidade das informações geradas é essencial para o sucesso da gestão.
“Na prática, se esses dados não estiverem corretos, as ações de correção poderão produzir um efeito pior do que o que já existe”, alerta o coordenador de manutenção.
Leia mais: 8 motivos para contratar uma ferramenta de manutenção
A plataforma Sim+, da Construmarket, dispõe de vários relatórios que podem ser extraídos com base nas operações que são realizadas dentro da manutenção.
Com esses relatórios em mãos, o gestor de manutenção pode acompanhar os principais indicadores de desempenho e usá-los para tomar as melhores decisões.
“O gerador de consultas do Sim+ permite que o gestor configure ou parametrize cenários dentro dos relatórios. Para isso, basta buscar campos de apontamento para cruzar informações e realizar filtros por período ou por buscas específicas de itens a serem analisados dentro da operação”, explica Marcio Gonçalves, gerente de contas da plataforma Sim+.
Salerno conta que na Araújo Abreu os dados cadastrados no Sim+ são extraídos para o Power BI, uma espécie de coleção de serviços de software, aplicativos e conectores que trabalham juntos para transformar suas fontes de dados não relacionadas em informações coerentes, visualmente envolventes e interativas.
“Com isso é possível gerar gráficos de acordo com a necessidade de cada cliente”, explica.
A coleta, o agrupamento e o tratamento correto de dados, de forma que façam sentido, agrega valor às estratégias de qualquer corporação empresarial.
Com o auxílio de ferramentas como o Sim+, da Construmarket, esses dados agrupados passam a constituir os chamados KPIs, instrumentos-chave para garantir a eficiência da gestão da manutenção industrial.
TEXTO: Gisele Cichinelli
Marcio Gonçalves – gerente de contas da plataforma SIM+
Marcos Maran – diretor-presidente da Maran Gestão de Ativos Físicos e membro do Conselho de Administração da ABRAFAC (Associação Brasileira de Facility Management, Property e Workplace)
Maurício Figueiredo Salerno – coordenador de manutenção e serviços da Araujo Abreu
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