A manutenção frequente é altamente necessária em qualquer empresa que atua com produção e operação contínuas. E a confiabilidade, sem dúvidas, é um termo muito importante para quem trabalha com manutenção industrial.
Afinal, por mais modernos e tecnológicos que sejam os equipamentos, as máquinas e os sistemas atuais, eles estão sujeitos a falhas. O melhor é sempre ficar atento, porque mesmo com uma manutenção regular, feita sob critérios rigorosos, elas ainda podem acontecer.
É para isso que existe um tipo de manutenção chamado de RCM, que é a Manutenção Centrada na Confiabilidade. Ele é focado na segurança dos equipamentos e dos ativos da empresa para manter máquinas e softwares dentro dos parâmetros em que foram designados, evitando prejuízos.
RCM é a sigla em inglês para Reliability-centered Maintenance, que em português significa Manutenção Centrada na Confiabilidade. Trata-se de uma estratégia de manutenção com foco em garantir a segurança e a confiabilidade dos ativos de uma empresa.
Quando dizemos que um equipamento é confiável, significa que ele provavelmente vai manter o seu funcionamento dentro do planejado, sem imprevistos. Dessa forma, a metodologia RCM elabora planos de manutenção com as técnicas mais confiáveis e define qual é o melhor tipo para cada situação.
Um ponto muito importante dentro do RCM é o uso da ferramenta FMEA (Análise dos Modos de Falha e seus Efeitos). Como o próprio nome diz, a ferramenta busca encontrar as falhas ocorridas nos processos de manutenção e apontar quais foram as consequências dessas falhas. O uso do sistema FMEA é bastante lógico e intuitivo. Afinal, para montar um sistema que se mantenha dentro do esperado, é essencial descobrir as falhas que estão acontecendo, os motivos dessas falhas e os seus efeitos.
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Para implementar a ferramenta de Manutenção Centrada na Confiabilidade, é importante seguir alguns passos para colocá-la em prática de forma bem sucedida na sua empresa:
O primeiro passo é selecionar a área e os equipamentos ativos que farão parte dessa estratégia de manutenção. Isso deve ser definido pelo responsável pela manutenção para que sejam levantados os recursos necessários para a implementação.
O gestor deve estipular quais são os parâmetros que os ativos devem seguir. Ou seja, é importante definir que padrões de funcionamento o maquinário ou sistema deve satisfazer para ser considerado confiável. Dessa forma, com base em critérios técnicos, será definido o critério de confiabilidade dos equipamentos. Outro ponto a ser definido é a função do ativo, que pode ser primária, no caso de ser uma função chave para a empresa, ou secundária, no caso de uma função menos importante.
Nesse momento do processo devem ser determinadas as falhas funcionais, que são aquelas que prejudicam o funcionamento dos equipamentos. Essas falhas devem ser classificadas em totais e parciais. Em uma falha funcional total, existe a completa interrupção do funcionamento da máquina, enquanto na parcial, o equipamento opera com uma capacidade reduzida, abaixo do seu rendimento máximo.
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Como já foi dito anteriormente, o FMEA é usado para determinar quais são os modos de falha, as suas causas e os seus efeitos no funcionamento das máquinas, por isso é tão importante aplicar essa ferramenta durante o processo de implantação do RCM.
Depois de utilizar o FMEA para entender as falhas do maquinário e definir todas as suas características e consequências, é preciso decidir qual será o tipo de manutenção realizada em cada ativo da empresa. Para essa etapa, uma dica é fazer a análise de criticidade dos equipamentos utilizando o sistema de classificação ABC, sendo que A representa os mais importantes, B representa os que têm importância moderada e C indica os equipamentos que não impactam de forma significativa no processo produtivo. Com essa classificação feita, geralmente, os tipos de manutenção mais comuns a serem utilizados são a Manutenção Preditiva (A), a Manutenção Preventiva (B) e a Manutenção Corretiva (C).
Após todos os passos anteriores serem realizados, é preciso elaborar um plano de manutenção seguindo um cronograma adequado e aplicando métodos de gestão industrial por meio de um bom planejamento.
Por fim, depois de implantar um plano de gestão de Manutenção Centrada na Confiabilidade (RCM) para corrigir eventuais falhas, é preciso manter o maquinário estável e em bom funcionamento. Afinal, não basta apenas corrigir os erros, é necessário evita-los. Para isso, a dica é revisar periodicamente a estratégia de manutenção adotada na empresa. Com essa preocupação em manter a melhoria contínua dos processos de manutenção industrial, as chances de erros e prejuízos na produção industrial serão muito menores.
Vale reforçar que esses são apenas os primeiros passos para implantar a RCM na sua empresa. Além da execução de manutenção diária, é preciso promover estratégias de melhorias. Afinal, se houver falhas no processo industrial, elas precisam ser evitadas. E se não houver, é preciso continuar nesse caminho e evitar que os erros aconteçam. Todas essas questões fazem parte de um bom plano de Manutenção Centrada da Confiabilidade.
Também é importante manter os técnicos da sua equipe sempre atualizados. Ao promover treinamentos e cursos para oferecer mais capacitação, o gestor evita erros e prejuízos, garante alto rendimento e produtividade dos funcionários e atua com processos que proporcionam um resultado acima da média.
Para ajudar a manutenção industrial, você ainda pode utilizar a tecnologia a seu favor. Com o SIM+, plataforma para gestão de manutenção industrial da Construmarket, é possível acompanhar dados sobre a frequência das falhas e o tempo de ociosidade, ajudando na tomada de decisão futura como investir ou não em um novo equipamento ou realizar a compra de alguma peça com antecedência.
Redação: Construmarket
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