Downtime é o tempo pelo qual um equipamento, processo ou sistema fica improdutivo, seja por lentidão ou parada. Esse tempo pode ser planejado ou não, com motivações e consequências bastante distintas.
Quando ele ocorre de forma programada, geralmente é para que haja uma manutenção, troca de um componente ou mesmo para uma avaliação mais aprofundada da integridade de todo o sistema ou maquinário. Nestes casos, é importante contar com um cronograma para minimizar os efeitos desse tempo de não-produtividade.
Porém, quando o Downtime acontece de forma inesperada, é capaz de afetar bruscamente toda a linha de produção, gerando perdas financeiras consideráveis às indústrias. Cenários como esse devem ser evitados ao máximo para que não afete também a credibilidade e a confiabilidade da empresa com o cumprimento de prazos.
Diversos fatores contribuem para as paralisações. Os mais frequentes são:
– Procedimentos de manutenção incorretos ou desatualizados;
– Falta de mão de obra adequada e treinada;
– Falta de peças sobressalentes ou de qualidade;
– Erros de projetos, como dimensionamento inadequado dos equipamentos;
– Ausência de redundância de equipamentos importantes;
– Inexistência de um plano de manutenção adequado e de uma equipe de planejamento;
– Uso de hardware desatualizado e de equipamentos não cadastrados.
De acordo com Maurício Figueiredo Salerno, coordenador de manutenção e serviços da Araujo Abreu, todos os fatores citados acima estão atrelados a uma mesma questão: a falta de engenharia de manutenção.
“Com a engenharia de manutenção, é possível projetar modificações e melhorias em equipamentos, processos e sistemas com o objetivo de otimizar três itens: a confiabilidade, a disponibilidade e a mantenabilidade dos equipamentos”, explica.
A boa notícia é que é possível reduzir o downtime aplicando estratégias básicas, como a implementação de um bom planejamento de paradas, a identificação e o cadastro de todos os equipamentos em um sistema confiável de gestão de manutenção, o treinamento de equipes capacitadas e o uso de softwares eficientes de gerenciamento.
As principais causas de falhas e os componentes críticos de cada equipamento são pontos-chave para o controle dos períodos de inatividade.
Portanto, o primeiro passo para calcular o downtime é ter um bom conhecimento sobre a obsolescência dos equipamentos, pois ela representa um risco significativo para a continuidade das operações.
Outros indicadores importantes para prever o tempo de inatividade são o tempo médio entre falhas (MTBF) e o tempo médio de reparo (MTTR).
Esses dois parâmetros preveem quando cada equipamento deve falhar, dando tempo para repor peças e executar ajustes, além de preparar a equipe de reparo.
“O MTTR deverá ser uma busca interminável da empresa, pois quanto mais treinada e equipada com ferramentas e recursos a equipe de manutenção estiver, menor será o MTTR e, consequentemente, o downtime”, observa Salerno.
A plataforma Sim+ ajuda a classificar os equipamentos, digitalizar os planos de manutenção e acompanhar a sua execução. Com essa ferramenta, é possível traçar uma estratégia eficiente de manutenção preventiva e, consequentemente, aumentar a confiabilidade das máquinas, reduzindo a ocorrência de paradas indesejadas.
“Traçamos planos de prevenção seguindo as instruções técnicas determinadas por cada fabricante de equipamentos. Em seguida, os técnicos começam a receber as tarefas para executá-los no momento apropriado”, explica Guilherme Padilla, gerente de produtos e novos negócios da divisão de facilities e manutenção industrial da Construmarket.
Ele observa que uma das principais novidades para mitigar o downtime são os sensores, que podem ser instalados nos equipamentos com a finalidade de coletar dados sobre seu funcionamento (como espectro de vibração e temperatura dos motores), antecipando possíveis futuros problemas.
“O sensor é um chip que indica a saúde da máquina. Ele coleta as informações do mundo real que são digitalizadas para abastecer nossas plataformas, permitindo a execução de manutenções preditivas antecipadas e evitando prejuízos às empresas”, explica o gerente.
Agora que você sabe o que é downtime e quais são suas principais causas, é importante focar na adoção de estratégias para evitar paradas indesejadas nos seus processos produtivos.
Uma boa solução é apostar no Sim+, plataforma de manutenção preventiva que permite paradas programadas e cortes na produção já esperados, e também a instalação de sensores nas máquinas.
Maurício Figueiredo Salerno – coordenador de manutenção e serviços da Araujo Abreu
Guilherme Padilla – gerente de produtos e novos negócios da divisão de facilities e manutenção industrial da Construmarket
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